Tocha passa em disparada por comunidade no Rio na zona norte

A passagem da tocha olímpica pela comunidade do Chapadão, na região da Pavuna, na zona norte do Rio de Janeiro, na última quarta-feira (3) viveu uma quebra de protocolo gerada por seu condutor e pela comitiva que acompanha o deslocamento do símbolo olímpico.

Por volta das 20h, um morador do local afirmou que foram ouvidos disparos de armas de fogo nos arredores do local por onde passava a tocha. Condutor e comitiva saíram em disparada, sem levar em conta o protocolo que determina que a passagem da tocha pelas ruas se dê de forma lenta, com acenos e sorrisos para o público que acompanha o evento.

Aos moradores do Chapadão que assistiam à passagem da tocha, restou o desapontamento. Acostumados com os frequentes tiroteios que ocorrem no local, eles sequer se moveram aos sons dos disparos, e permaneceram ao lado da via por onde passava a tocha, conforme se pode ver no vídeo publicado nesta reportagem.
O incidente ocorreu mesmo depois de o 41º Batalhão da Polícia Militar ter recebido um reforço de 100 homens para garantir a segurança no local. O reforço chegou na última segunda-feira (1) e deverá permanecer no bairro até o final das Paraolimpíadas, em setembro.
Procurado pela reportagem, o Ministério da Justiça e a Sesge (Secretaria Extradiordinária para a Segurança em Grandes Eventos) negaram ter havido qualquer problema na passagem da tocha pelo Chapadão. “O condutor da tocha no local decidiu imprimir um ritmo mais acelerado à sua marcha. Coube, então, aos homens da Força Nacional de Segurança e ao restante da comitiva acompanhar a velocidade de corrida”, informou a pasta, por meio de sua assessoria de comunicação.
Perguntado sobre quem era o condutor, por que ele decidiu sair correndo e ignorar o protocolo e qual o motivo dele não ter sido orientado a desacelerar o ritmo, o ministério não soube responder.
 - Vinícius Segalla